Num tempo de rumores de guerra, EcoModas lança bombas de sementes para colher um futuro mais verde na serra

A EcoModas criou um campanha para confeccionar e distribuir 2.000 bombas de sementes no Dia do Estatuto da Terra celebrado no dia 30 de outubro. O processo de criação desses artefatos ecológicos foi uma verdadeira ação comunitária. Neste sentido, a EcoModas fez algo extraordinário, unindo forças com os soldados do Tiro de Guerra e os membros do projeto social Bodas de Caná que realiza o tratamento de pessoas com dependências químicas. Alunos da Escola Municipal Batista se empenharam na embalagem das bombas de sementes, demonstrando o quanto a educação ambiental pode impactar a próxima geração.

As bombas de sementes resultantes dessa colaboração serão distribuídas para moradores locais e turistas. Além disso, algumas pousadas e hotéis da região também se comprometeram a fazer parte deste movimento e oferecerão as bombas ecológicas aos seus hóspedes. Dessa forma, a conscientização ambiental se espalha, e os esforços de reflorestação são ampliados para um público ainda maior. Esta iniciativa envolverá diretamente 2.350 pessoas, entre crianças, jovens e adultos, que se juntaram para contribuir para a saúde do nosso planeta.

A EcoModas presta serviços para empresas e eventos na realização de oficinas de produção de bombas de sementes.

Além de promover a consciência ecológica entre os participantes, também gera o convívio em grupo onde as pessoas interagem entre si criando um momento agradável para se conhecer novas pessoas.

O contato com a terra, sementes e barro promove conexão com a natureza, reduz o estresse, estimula a criatividade e proporciona benefícios físicos e emocionais.

A espécie de árvore utilizada nesta ação do projeto bombas de sementes

O Palmito-juçara (Euterpe edulis), também conhecido como açaí, é uma espécie de palmeira nativa da Mata Atlântica brasileira e desempenha um papel de extrema importância nesse ecossistema frágil e ameaçado. Existem várias razões pelas quais o Palmito-juçara é vital para a conservação da Mata Atlântica:

1. Biodiversidade: A Mata Atlântica é uma das regiões mais ricas em biodiversidade do mundo. O Palmito-juçara fornece alimento para uma variedade de 60 animais silvestres, incluindo aves, macacos, e outros animais que se alimentam de seus frutos. Além disso, ele abriga uma grande quantidade de insetos e outros organismos que fazem parte da complexa teia da vida na Mata Atlântica.

2. Regeneração Natural: O Palmito-juçara é uma espécie pioneira, o que significa que desempenha um papel fundamental na regeneração natural da floresta após distúrbios naturais, como incêndios ou desmatamento. Suas sementes são dispersas por animais que as consomem, contribuindo para a restauração das áreas degradadas.

3. Importância Cultural: Além de seu valor ecológico, o Palmito-juçara também tem relevância cultural e econômica para as comunidades locais. É uma fonte de alimento tradicional em algumas regiões do Brasil e é usado na produção de diversos produtos, incluindo o famoso açaí.

4. Mitigação das Mudanças Climáticas: As florestas desempenham um papel crucial na absorção de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, ajudando a mitigar as mudanças climáticas. O Palmito-juçara, como parte integrante da Mata Atlântica, contribui para esse importante serviço ambiental, auxiliando na redução das concentrações de CO2 na atmosfera.

5. Conservação da Mata Atlântica: Como a Mata Atlântica é um dos biomas mais ameaçados do mundo, a preservação de espécies-chave, como o Palmito-juçara, é essencial para a conservação desse ecossistema. A perda dessa palmeira pode desencadear impactos em cascata sobre a biodiversidade e a resiliência da Mata Atlântica.

Portanto, a preservação do Palmito-juçara é fundamental não apenas para a Mata Atlântica, mas também para o equilíbrio ecológico, a biodiversidade, a cultura local e os esforços de mitigação das mudanças climáticas. A proteção dessa espécie e de seu habitat é uma prioridade para a conservação desse bioma incrivelmente valioso e ameaçado.